REVELAÇÕES
Recebi da amiga FELINA o desafio de completar estas cinco frases.
Eu Já...
Eu nunca...
Eu sei...
Eu quero...
Eu sonho...
Estas são minhas respostas:
Eu Já aceitei que sou impotente perante o Futuro e o passado
Eu nunca me importei ( nem me importo) em usar gravata borboleta e tenis All Star
Eu sei que é duro ser artista num mundo atordoado pela máteria
Eu quero uma verdade que não me dê certezas
Eu sonho uma realidade que não seja algoz das minhas fantasias
E como a sexta é cortesia....
Eu só quero continuar fazendo arte e amor até mais tarde!!!
Flavio Pettinichi
As regras são designar cinco blogs, que devem indicar de quem receberam o convite.
flavio do: http://artenasveias.blogspot.com/
Lou do: http://floresepoesia.blogspot.com/
Everson do: http://olivrodosdiasdois.blogspot.com/
Fabio do: http://pensamentosbruxo.blogspot.com/
Louis do: http://nobodyknowsbutme2.blogspot.com/
http://felina-mulher.blogspot.com/
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Relógios já não derretem o tempo
Uma sinfonia de surdos afaga acordes madrigais
Moraliza não sorri na penumbra do museu
Um Parangole vermelho seca no varal
Não há pecados no éden do monge velho
Fuligens e chuvas acidas cobrem o lado escuro da lua
Pirâmides e colossos desabam no olvido
A moça do brinco aposentou seus desejos
Na sala do cinema vazio nada é Transcendental
Um trem caipira esqueceu de parar nas quatro estações
Alfonzina volta do mar e morre tédio
O Ibirapurú perdeu a cor e a rebeldia
Na montanha mágica vendem-se lotes
Há letargo na terra do nunca jamais e nenhum trance
No sertão de Euclides não se vislumbram tormentas
Nem tudo vale a pena se a alma é pequena
Das tuas mãos renascem pontes amarelas
Da tua pele brotam gaivotas e chapéus
Do teu ser a arte transforma-se em vida
Agora tudo passado são enciclopédias vazias
Flavio Pettinichi 18- 11- 09
Uma sinfonia de surdos afaga acordes madrigais
Moraliza não sorri na penumbra do museu
Um Parangole vermelho seca no varal
Não há pecados no éden do monge velho
Fuligens e chuvas acidas cobrem o lado escuro da lua
Pirâmides e colossos desabam no olvido
A moça do brinco aposentou seus desejos
Na sala do cinema vazio nada é Transcendental
Um trem caipira esqueceu de parar nas quatro estações
Alfonzina volta do mar e morre tédio
O Ibirapurú perdeu a cor e a rebeldia
Na montanha mágica vendem-se lotes
Há letargo na terra do nunca jamais e nenhum trance
No sertão de Euclides não se vislumbram tormentas
Nem tudo vale a pena se a alma é pequena
Das tuas mãos renascem pontes amarelas
Da tua pele brotam gaivotas e chapéus
Do teu ser a arte transforma-se em vida
Agora tudo passado são enciclopédias vazias
Flavio Pettinichi 18- 11- 09
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Que há em mim que a tua pele desconheça?
Alguma brisa preguiçosa das tardes de primavera?
Vestígios de um passado que não teve tempo de esperas?
Se tudo o que é vida lateja na alucinação dos nossos corpos
Que há de ti que os meus olhos não enxerguem?
A mansidão geográfica dos teus sentidos corpóreos?
Algum desejo de espinho e cactos quando a noite espera?
Se tudo o que é táctil é pouco na sensibilidade da minha retina
Que há de nós que os sonhos ainda guardem?
Tesouros escondidos na sombra de uma lua clandestina?
Elixires mágicos inventados na alquimia de uma cama cósmica?
Tudo o que é mistério pertence a nós desde o imemorial tempo
Flavio Pettinichi- 16 – 11-09
domingo, 8 de novembro de 2009
Escrevo para não me perder e não perder de mim a incógnita dos mistérios
Leio e releio cada página em branco que encontro na orfandade da madrugada
Vou despindo o silêncio que aprisiona o sentido das brisas e dos medos
Sinto a nudez para não sentir o vácuo na aspereza do homem e das pedras
Quando tem lua apago as luzes da noite e espreito o caminho do cosmos
Não há intensidade que eu não sinta como uma tormenta de sonhos
Há sim um sentimento de desgarro e sangue que lateja na rua vazia
Noturnas fotografias de eclipsada forma revelam-se no meu poema
Independente de toda matéria a estrofe vai concretizando o som
Lutas e claudicações esperam na ante-sala do conceito literário
Quem abrira a janela para a imensidão do sentimento sem dor?
Quem arrebatará a poesia como um doce de uma criança sem pai?
Eu só escrevo para não esquecer o intransigente destino de ser
Para declarar sem pudor que sou a continuidade de todo o vivo
Escrevo porque pulsa a barca amarrada no cais da existência
E só a palavra me dá a certeza de poder acariciar o horizonte
que em mim espera.
Flavio Pettinichi-09-10-09
Leio e releio cada página em branco que encontro na orfandade da madrugada
Vou despindo o silêncio que aprisiona o sentido das brisas e dos medos
Sinto a nudez para não sentir o vácuo na aspereza do homem e das pedras
Quando tem lua apago as luzes da noite e espreito o caminho do cosmos
Não há intensidade que eu não sinta como uma tormenta de sonhos
Há sim um sentimento de desgarro e sangue que lateja na rua vazia
Noturnas fotografias de eclipsada forma revelam-se no meu poema
Independente de toda matéria a estrofe vai concretizando o som
Lutas e claudicações esperam na ante-sala do conceito literário
Quem abrira a janela para a imensidão do sentimento sem dor?
Quem arrebatará a poesia como um doce de uma criança sem pai?
Eu só escrevo para não esquecer o intransigente destino de ser
Para declarar sem pudor que sou a continuidade de todo o vivo
Escrevo porque pulsa a barca amarrada no cais da existência
E só a palavra me dá a certeza de poder acariciar o horizonte
que em mim espera.
Flavio Pettinichi-09-10-09
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Quando a tarde sangra e a noite ainda esconde o beijo
Vou procurando o eclipse que desenhamos em nossas peles
Porta-retratos aparecem no lago que ainda espera nossa nau
Quando a tarde sangra e a noite ainda esconde o beijo
Pedras de um mesmo vulcão são como a escarpada espera
E meus pés em chagas desconhecem a ferida e a dor
Lembras?
Chorávamos sem motivos e a lua rugia quando o vento parava
Um destino de portas mal pintadas vislumbra tormentas
Abro as asas do meu silêncio e vôo ate as lembranças
Grito e acordo os cactos que espetam o murmúrio do mar
São tão poucas as estrelas quando recordo teus beijos
E tão pouca a madrugada quando sinto o passo do tempo
É noite agora e as pegadas já apagaram na areia
A espuma exilou o olvido como uma pena branca
Desenhos de nuvens e ondas de som acordam-me
A noite sempre foi a minha amante sem exaustão
Eu vou nela.
Flavio Pettinichi –06-11-09
Vou procurando o eclipse que desenhamos em nossas peles
Porta-retratos aparecem no lago que ainda espera nossa nau
Quando a tarde sangra e a noite ainda esconde o beijo
Pedras de um mesmo vulcão são como a escarpada espera
E meus pés em chagas desconhecem a ferida e a dor
Lembras?
Chorávamos sem motivos e a lua rugia quando o vento parava
Um destino de portas mal pintadas vislumbra tormentas
Abro as asas do meu silêncio e vôo ate as lembranças
Grito e acordo os cactos que espetam o murmúrio do mar
São tão poucas as estrelas quando recordo teus beijos
E tão pouca a madrugada quando sinto o passo do tempo
É noite agora e as pegadas já apagaram na areia
A espuma exilou o olvido como uma pena branca
Desenhos de nuvens e ondas de som acordam-me
A noite sempre foi a minha amante sem exaustão
Eu vou nela.
Flavio Pettinichi –06-11-09
Foram invadindo cada espaço que ficava entre folhagem
Mimetizando-se com o crepúsculo e a rubra noite
Foram invadindo cada grão do sal dos dias de gloria
Insanamente foram usurpando o tempo do silêncio
Renegaram de todos os conceitos e todo dogma
Aboliram cada signo como forma e fundamento
Chutaram pedras desde o alto da ponte da sanidade
Amaram e desamaram todo pecado e toda dor apaixonada
Arrombaram portas fechadas à alegrias e os mistérios
Deitaram na cama do Rei e no chão sujo da miséria
Vomitaram no prato da madame e lamberam o copo da puta
Não sossegaram nem na iminência da desumana morte
Agora estão na esquina esperando minha alma em flor
Os ouço cantando uma perversa canção de ninar dragões
Os vejo brincando de esconde –esconde com os restos ensangüentados do dia
Os sinto arrancando a minha pele como vermelhas pétalas
Meus poemas são eles tão livres como pagãos!
Flavio Pettinichi-04-10-09
Mimetizando-se com o crepúsculo e a rubra noite
Foram invadindo cada grão do sal dos dias de gloria
Insanamente foram usurpando o tempo do silêncio
Renegaram de todos os conceitos e todo dogma
Aboliram cada signo como forma e fundamento
Chutaram pedras desde o alto da ponte da sanidade
Amaram e desamaram todo pecado e toda dor apaixonada
Arrombaram portas fechadas à alegrias e os mistérios
Deitaram na cama do Rei e no chão sujo da miséria
Vomitaram no prato da madame e lamberam o copo da puta
Não sossegaram nem na iminência da desumana morte
Agora estão na esquina esperando minha alma em flor
Os ouço cantando uma perversa canção de ninar dragões
Os vejo brincando de esconde –esconde com os restos ensangüentados do dia
Os sinto arrancando a minha pele como vermelhas pétalas
Meus poemas são eles tão livres como pagãos!
Flavio Pettinichi-04-10-09
terça-feira, 3 de novembro de 2009
quer sombra me é matéria de vasta poesia
Qualquer palavra me é caminho de espumas
Qualquer gesto me é espelho de águas
Qualquer silêncio me acorda à teu nome
A noite devora os medos e as pedras
As ondas arremessam esperanças na areia
As gaivotas dormem no alto dos desejos
A lua rasga a pele do universo e dança...
Como um marinheiro, sinto o curso dos ventos
Tenho um cruzeiro estelar cravejado no peito
Não dói a distância se há certeza de um porto
Minha barca lateja na infinita maré dos mistérios
Agora é madrugada e os Deuses acordam ...
Flavio Pettinichi- 03-11-09
Qualquer palavra me é caminho de espumas
Qualquer gesto me é espelho de águas
Qualquer silêncio me acorda à teu nome
A noite devora os medos e as pedras
As ondas arremessam esperanças na areia
As gaivotas dormem no alto dos desejos
A lua rasga a pele do universo e dança...
Como um marinheiro, sinto o curso dos ventos
Tenho um cruzeiro estelar cravejado no peito
Não dói a distância se há certeza de um porto
Minha barca lateja na infinita maré dos mistérios
Agora é madrugada e os Deuses acordam ...
Flavio Pettinichi- 03-11-09
domingo, 1 de novembro de 2009
Navegam em mim a nau e o vento da liberdade vital
Não há tormenta nem escuridão que atemorizem meu ser
Explosões de cores e texturas geográficas fazem meu caminho
Sou a luz e a sombra do meu desejo descabido de destinos
Tenho como norte a sutileza das nuvens e as conchas
Tenho como certo tudo aquilo que é efêmero e mistério
Tenho como idioma o murmúrio da noite e a brisa marina
Tenho como forma o rocha e a espuma rebelde dos oceanos
Nunca desejei uma eternidade que não seja momentânea
Rasguei todos os mapas que me levassem ao tesouro certo
Comi e bebi com os que nada tinham a não ser as esperanças
Fui pedra e limo, trigal e foice, escudo e ferida e ainda tempo
Sou intransigente como as flores na hora da primavera
Sou irredutível como a chuva na hora da semente
Sou o silêncio da ternura quando a noite abre em estrelas
Sou o cheio do vazio quando a solidão espreita os sonhos
O poema está em mim parindo o raiar da vida.
Flavio Pettinichi- 01-11-09
Não há tormenta nem escuridão que atemorizem meu ser
Explosões de cores e texturas geográficas fazem meu caminho
Sou a luz e a sombra do meu desejo descabido de destinos
Tenho como norte a sutileza das nuvens e as conchas
Tenho como certo tudo aquilo que é efêmero e mistério
Tenho como idioma o murmúrio da noite e a brisa marina
Tenho como forma o rocha e a espuma rebelde dos oceanos
Nunca desejei uma eternidade que não seja momentânea
Rasguei todos os mapas que me levassem ao tesouro certo
Comi e bebi com os que nada tinham a não ser as esperanças
Fui pedra e limo, trigal e foice, escudo e ferida e ainda tempo
Sou intransigente como as flores na hora da primavera
Sou irredutível como a chuva na hora da semente
Sou o silêncio da ternura quando a noite abre em estrelas
Sou o cheio do vazio quando a solidão espreita os sonhos
O poema está em mim parindo o raiar da vida.
Flavio Pettinichi- 01-11-09
Assinar:
Postagens (Atom)