terça-feira, 17 de novembro de 2009


Que há em mim que a tua pele desconheça?
Alguma brisa preguiçosa das tardes de primavera?
Vestígios de um passado que não teve tempo de esperas?
Se tudo o que é vida lateja na alucinação dos nossos corpos

Que há de ti que os meus olhos não enxerguem?
A mansidão geográfica dos teus sentidos corpóreos?
Algum desejo de espinho e cactos quando a noite espera?
Se tudo o que é táctil é pouco na sensibilidade da minha retina

Que há de nós que os sonhos ainda guardem?
Tesouros escondidos na sombra de uma lua clandestina?
Elixires mágicos inventados na alquimia de uma cama cósmica?
Tudo o que é mistério pertence a nós desde o imemorial tempo
Flavio Pettinichi- 16 – 11-09

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