Navegam em mim a nau e o vento da liberdade vital
Não há tormenta nem escuridão que atemorizem meu ser
Explosões de cores e texturas geográficas fazem meu caminho
Sou a luz e a sombra do meu desejo descabido de destinos
Tenho como norte a sutileza das nuvens e as conchas
Tenho como certo tudo aquilo que é efêmero e mistério
Tenho como idioma o murmúrio da noite e a brisa marina
Tenho como forma o rocha e a espuma rebelde dos oceanos
Nunca desejei uma eternidade que não seja momentânea
Rasguei todos os mapas que me levassem ao tesouro certo
Comi e bebi com os que nada tinham a não ser as esperanças
Fui pedra e limo, trigal e foice, escudo e ferida e ainda tempo
Sou intransigente como as flores na hora da primavera
Sou irredutível como a chuva na hora da semente
Sou o silêncio da ternura quando a noite abre em estrelas
Sou o cheio do vazio quando a solidão espreita os sonhos
O poema está em mim parindo o raiar da vida.
Flavio Pettinichi- 01-11-09
domingo, 1 de novembro de 2009
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