sábado, 30 de janeiro de 2010


foto Digital -Canon Power shot 560 - Flavio Pettinichi




Quem sou eu??? Boa pergunta.. ate hoje não sei dizer ao certo, mas posso falar pelas coisas que conheço de mim...
as vezes desgovernado e caótico, outras não entanto, um monge Zen na estepe asiática num dia de primavera...
quem eu sou?? Talvez conheça algo de mim que possa te mostrar, um tênis rasgado e uma bicicleta antiga, ou uma coleção de gravatas importadas esperando pelo casamento na igreja...
quem sou ???conheci de mim algumas coisas que fui esquecendo , dentre elas , uma rebeldia sem sentido e uma outra rebeldia convicta,
lembro agora de ter vivido a rebeldia da vida...sem adjetivos.
Eu?...
não sei a certo se preciso saber de mim, as águas correm sem identidade , os ventos sopram sem paternidade...o sol alveja a noite sem mistérios...porque eu seria diferente..
De todas as maneiras, você arriscaria me amar?
?

Flavio Pettinichi- 26- 01-2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010


Capela Nossa senhora da Guia- Cabo Frio - RJ..Fotografia Flavio Pettinichi 2010


Tantas vezes a eternidade do amor
Tantas vezes o adeus e o fim da paixão
Plantamos promessas como girassóis
E giramos sempre sós a dança muda da dor

Tantas vezes a poesia e a fragrância da flor
Tantas vezes o silêncio e o sol do sertão
Construímos navios e pintamos o mar
Ficamos ancorados por não saber perdoar

Tantas vezes teu corpo e o meu fundido num só
Tantas distâncias e geográficas palavras separaram-nós
Numa cama de sonhos sonhamos um destino de paz
Acordamos entrincheirados numa guerra cega de luz

Tantas vezes pensamos em desistir de ir e vir
Tantas vezes como tantas lágrimas para um rio só
Porém tivemos a coragem e a ousadia de errar
Estamos aqui , uma vez mais tentando acertar

Como tantas vezes e aceitando a vida como ela é
Graças a Deus.

Flavio Pettinichi
23 de janeiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010




"Um pedaço do teu cosmos" fotografia Digital- canon Powershot 560



Irei reconstruindo a eternidade antes do caos
Na cosmogonia do teu olhar acharei pétalas de luz
Meteoritos de paz invadirão a constelação dos meus sonhos
E na distante áurea do remorso acharei teu beijo

Dentre os escombros do adeus salvarei teu poema de lágrimas
Terei que construir uma ponte que atrevesse o rio da agonia
Porque não há dor que não seja curada com o bálsamo da tua alma
Serei o arquiteto da s noites que aconcheguem tua estela

Sangram meus dedos cavando as razões do olvido
Porém não há exaustão maior que o desejo perdido
Busco-te sem descanso na palavra escondida do medo
Irei reconstruindo esta eternidade de saudades

A chuva será minha alma alagando as ruas que nos separam
Estarás na janela do cosmos com teu cabelo molhado
O poema desconstrói o medo , então amo-te
Sem vestígios.

Flavio Pettinichi- 20-01-2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010





SANGRA A TERRA
Sangra a terra quando teus olhos fecham o passo do destino
Ainda que tenhas arrancado todas as flores do meu jardim, perdoar-te-ei
Porque senti no rubor do dia teu canto escondido nas sombras
E minha caminhada ainda é um livro aberto que espera a tua poesia

Sangra a noite em momentos distantes de estrelas e constelações
E ainda que os meus olhos fechem as portas da luz perdoar-me-ei
Porque arranquei bosques de raiva quando as sombras eram saudades
E nos rastros deixados por ti fui semeando o cosmos e as esperanças

Sangram os muros dos presídios do ódio e a negação perpetua
E ainda que no juízo final do amor, o adeus seja a única sentença , perdoaremos
Porque a liberdade sempre será o alimento e o sorriso a água que acalme a nossa
sede de vida
E na fuga deixaremos flores e poemas clandestinos como o amor de um dia!

Flavio Pettinichi-18 – 01 - 10

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


Destes para mim teu corpo como uma abraço de águas
Eu mergulhei na tua profundidade corpórea com a intensidade dos sonhos

Dei para ti a minha alma como uma rosa na hora do orvalho amanhecido
Tuas mãos sangraram faíscas de um fogo sangüíneo e eterno

Destes para mim a palavra e a espera quando o poema adormecia nas sombras
Dei para ti meu sentido de tormentas e paixões etéreas como a tua essência

Perambulamos nas pedras e nas encostas de um mar sem retorno
Nada ficou para depois na hora do amor e o silêncio clandestino dos corpos

Abriram-se um dia as janelas dando passo às brisas de um outono que chega
Então meu livro será nuvem e a tua voz mistério
Só a saudade germinará no jardim do tempo
E será bom teu regresso.
Flavio Pettinichi- 13- 01- 10

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010





“ Fé” – cruzeiro nos fundos da igreja de São Benedito de Cabo frio- RJ. Brasil
Fotografia digital – Canon Power shot 560- 1sso 80- ano 2010


Eu já vivi como um rei e como um mendigo na vasta geografia da existência
Hoje sou uma tênue luz das nuances recolhidas em essas extensões
Já li todos os livros e profetizei catástrofes e milagres no homem sem paz
Hoje a minha sabedoria se reduz a pequenas atitudes sem mistérios

Já tive o melhor jardim e no mais duro sertão esculpi a solidão visceral
Hoje não há em mim uma parte aonde os pássaros não façam seus ninhos
Já esqueci o melhor poema de amor e recitei salmos de injuria contra Deus
Hoje no templo da carne faço uma penitência perpetua de vida e silêncio

Eu já reneguei de toda ternura e acolhi o medo na hora do espanto
Hoje mimetizado nas contradições deixo as minhas asas levantarem vôo
Já abandonei as minhas armaduras e roubei o fruto proibido do éden
Hoje curo as minhas feridas com o sal e a espuma e a minha fome É de vida

Hoje sou eu...com reticências , graças a Deus!

Flavio Pettinichi 10-01-10

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

"arcoiris essencial " Foto Digital (embaixo do Chuveiro) 2010




Hoje eu te amo aos gritos e aos berros
Hoje te amo espasmódico e sem alento
Hoje te amo descancarado e sem mistérios
Hoje te amo na rua suja e te amo no lamento

Hoje eu te amo cuspindo raivas e medos
Hoje te amo impuro e tarado sem tormentos
Hoje te amo ríspido, infame e austero
Hoje te amo clandestino e sem documento

Hoje eu te amo com as feridas abertas pelo tempo
Hoje te amo infernal sem tempo de redenção
Hoje te amo no espelho quebrado e maldito
Hoje te amo claustrofóbico e onomatopaico

Hoje te amo comendo as migalhas do banquete acedo
Hoje eu te amo na crua verdade do instante que expira
Porque hoje eu te amo assim, amanhã pode ser muito tarde
Hoje te amo ontem e sem amanhã te amo depois
E estaria mentindo se te amasse de outro jeito

Flavio Pettinichi- 05 -01-10

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010



“ O GRITO” 2010 - Fotografia Experimental digital- Flavio Pettinichi
Então continuamos, lendo vários artigos sobre Fotografia contemporânea, fui assimilando a idéia de que toda manifestação humana tem uma poética inerente a si mesma. Ou seja, se o individuo que estiver realizando tal ou qual manifestação , colocar a sua essência por alguns minutos, seguramente vai agir ludicamente, pois o “SEU” racional( o lado esquerdo do cérebro) não estará trabalhando , então o poético nascera de uma maneira livre e criativa, isto não quer dizer que não seja necessário ter conhecimento de tal ou qual disciplina, mas se o individuo já o possuir, então estará livre de dogmas e critérios que nem sempre conhece.
A fotografia digital é um campo de experimentação ainda muito extenso por trilhar...Vamos nessa !
A Ascensão da Fotografia Contemporânea
De acordo com Gomes (1996), a imagem fotográfica, ao registrar a experiência, pode provocar novas percepções, produzir a subjetividade inerente ao ato de olhar, e imortalizar o fato e o espaço captados, contextualizando-os.
A fotografia impõe-se também como uma importante manifestação da poética visual contemporânea. Ao invés de suporte, se transforma em si mesma, numa fonte de estudos de sociologia da comunicação, através de pesquisas experimentais.
A Fotografia como Fonte de Informação, Idéias e Questionamentos
Fotografar é o modo de questionar a imagem anteriormente percebida. O assunto da imagem registrada fotograficamente possibilita, sem dúvida alguma, uma qualidade de análise e interpretação visual mais acurada. Ao fornecer um sem número de possibilidades plásticas e/ou gráficas, a fotografia provoca dúvidas, gera questionamentos e sugere soluções na busca de resultados, tanto para artistas quanto para cientistas, também como ao homem comum, em sua contemplação desinteressada (ou não) do mundo que o cerca. A fotografia, linguagem não-verbal, contribui decisivamente na realização de pesquisas teóricas, manifestações artístico-culturais e como coadjuvante eficaz em inúmeras descobertas científico-tecnológicas, como indica Spencer(1974)"A contribuição da fotografia na ciência, é a seqüência qualificada de informação que não pode ser obtida de nenhuma outra forma (...) A fotografia nos dota de uma espécie de olho sintético - uma retina imparcial e infalível - capaz de converter em registros visíveis, fenômenos cuja existência, de outra forma, não haveríamos conhecido nem suspeitado"

Fonte: http://www.ufrgs.br/fotografia/port/07%5Fartigos/01_atg/index.htm
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