quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


Destes para mim teu corpo como uma abraço de águas
Eu mergulhei na tua profundidade corpórea com a intensidade dos sonhos

Dei para ti a minha alma como uma rosa na hora do orvalho amanhecido
Tuas mãos sangraram faíscas de um fogo sangüíneo e eterno

Destes para mim a palavra e a espera quando o poema adormecia nas sombras
Dei para ti meu sentido de tormentas e paixões etéreas como a tua essência

Perambulamos nas pedras e nas encostas de um mar sem retorno
Nada ficou para depois na hora do amor e o silêncio clandestino dos corpos

Abriram-se um dia as janelas dando passo às brisas de um outono que chega
Então meu livro será nuvem e a tua voz mistério
Só a saudade germinará no jardim do tempo
E será bom teu regresso.
Flavio Pettinichi- 13- 01- 10

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