tag:blogger.com,1999:blog-51170400387783963882024-03-13T14:24:36.719-07:00artenasveiasNão adianta a gente se esconder embaixo do maquiagem da segurança material e a alegria comprada...As verdadeiras razões de viver em paz são tão pequenas que asvezes temos que nos ajoelhar pra pegar elas!!!
E isso se chama rendição!!!!
Flavio Pettinichiflaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.comBlogger226125truetag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-73232353152758602672012-09-27T20:24:00.003-07:002012-09-27T20:24:33.072-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYeYArowGCRW_gg67c-uH07hJMG9c3e6h-HUn8w_SoubjiahkRYmZPeZAPTxecVXqZ90gGEcewPhYHtQeQk2h9q2Qtm-2X9IU4bnrrDB-3dZxiiwlSj-PTgg9SMz4DO1ZRF1rWwY0KVms/s1600/cartaz+100.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYeYArowGCRW_gg67c-uH07hJMG9c3e6h-HUn8w_SoubjiahkRYmZPeZAPTxecVXqZ90gGEcewPhYHtQeQk2h9q2Qtm-2X9IU4bnrrDB-3dZxiiwlSj-PTgg9SMz4DO1ZRF1rWwY0KVms/s320/cartaz+100.jpg" width="213" /></a></div>
Outubro Rosa 2012 SCflaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-55661703366260737952012-07-11T14:58:00.002-07:002012-07-11T14:58:21.840-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifgYUeeB5CLJCiNkoAh3gSRGHlXjPJ02wQ0_-po_OcnclKyzhF59OIDxGuvwf5JA5OGvgGg7_viA8jlozGvh93uJ-TxWY_pvWtUOjPokMtgB0PT4xaunTeh2BtPISbPyrDLbJVziA0FfQ/s1600/bolhas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifgYUeeB5CLJCiNkoAh3gSRGHlXjPJ02wQ0_-po_OcnclKyzhF59OIDxGuvwf5JA5OGvgGg7_viA8jlozGvh93uJ-TxWY_pvWtUOjPokMtgB0PT4xaunTeh2BtPISbPyrDLbJVziA0FfQ/s320/bolhas.jpg" width="212" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Há um sonho de vida</div>
<div class="MsoNormal">
Em mim.</div>
<div class="MsoNormal">
Que acontece em cores</div>
<div class="MsoNormal">
Como asas de borboleta.</div>
<div class="MsoNormal">
Muito Obrigado.</div>
<div class="MsoNormal">
Então um dia você acorda amando...</div>
<div class="MsoNormal">
Então um dia você acorda amando, assim do nada, ou seja, sem
interesses manipuladores dos sentimentos, você acorda amando porque não
tem perguntas nem respostas , você
simplesmente esqueceu o que foi o ontem e o amanha é só mais um desejo de
continuar isto que você sente e que por não ter limites , nem perguntas, nem
respostas, isto não tem final.</div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto você sente que as paredes palpitam num descabido e
quase insano sortilégio de mistérios ,
os espelhos não mostram o seu rosto como ele era antes e nas cartas de
recomendação só encontra o endereço de quem se ama.</div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto você observa as notícias , escuta o vizinho gritar
desde a janela de cima, sente que a chuva não vai parar tão cedo, que o custo
da vida está pelas nuvens , tudo isso e mais um pouco não tem cabimento na sua
vida, você está amando ! </div>
<div class="MsoNormal">
E agora? Eu que tinha resolvido tudo , você se diz, já
estava quase me aposentando deste dever humano, desta sensação de abismo do
bem, desta inconseqüência de sentidos e razões! Você já tinha se respondido
todas as perguntas existenciais, com respostas fáceis e agora nem sequer tem
coragem de arriscar alguma perguntinha por infantil que pareça, pois você está
amando e de que valem os tratados comportamentais e todas a aulas de filosofia
barata pagas nalgum boteco ou shopping
de moda, de que valem todas as chaves que você foi colecionando ao longo
da sua trajetória como ser coerente com o que a sociedade pede de você, chaves
do apartamento que ainda tem pra pagar, do carro, da garagem, da caixa postal,
da senha do banco, da senha do celular, chaves e mais chaves, cadeados também ,
que você até já esqueceu o que guardavam com tanto cuidado , e você esqueceu
até onde escondeu as chaves .</div>
<div class="MsoNormal">
Nada disso importa
agora, você está amando e que se compliquem os donos do mundo com suas
economias macro e suas micro verdades, que o papa passeie pelo vaticano
cuidando do seu rebanho na praça São Pedro e que deixe à Deus fazer o que
sempre soube fazer tão bem e você hoje é fruto desta possibilidade infinita.</div>
<div class="MsoNormal">
Amar não é mistério, amar é coragem , coragem de aceitar que
quando o amor bate na porta você só vai ter duas chances , abrir ou se manter
escondido nas sombras trancafiado com todas as chaves forjadas no inferno da
negação. </div>
<div class="MsoNormal">
Porque um dia você acorda amando e observa que na cadeira há
mais que algumas roupas pessoais, que no
banheiro alguém já deixou um perfume de vida, que na cozinha um café já está
fervendo e na sala um livro espera aberto na pagina onde está a poesia que você
tanto gosta.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Flavio Pettinichi – amando hoje – 30 de Junho de 2012</div>
<br />flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-25070733291948379812012-07-11T14:53:00.002-07:002012-07-11T14:53:59.491-07:00<div class="MsoNormal">
Bem antes das sombras eu já reconhecia as tuas luzes, antes
das ruínas eu já andava nas trilhas dos teus sonhos.</div>
<div class="MsoNormal">
Agora é teu destino o leito do meu rio, pedras e areias,
algas de cores e sons onde sou o estalo da madeira num dia de ventos.</div>
<div class="MsoNormal">
Porque eu reconheci teu riso dentre as toscas palavras dos
medos e desnudei teu corpo num labirinto de insones espelhos onde a saudade era
o reflexo do tempo.</div>
<div class="MsoNormal">
Agora o meu destino é teu livro aberto, paginas de farta
poesia e poemas incertos onde tu és o remanso das águas quando uma rosa espera
em silêncio.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: white;">Flavio Pettinichi</span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9iEG9a7CfoJE4CBqZ1q6G-geoMwCLqhN-oRwg_g22H3jRppXLo8JolZ8xXxPvvLYC3p_j1ZjR3F00iOj8Vn9kRoGXekbuwuOpR_gRSksrCpAQh-EJqS_JdXaEzqWM1FnxBASHMxLSuTM/s1600/x18.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9iEG9a7CfoJE4CBqZ1q6G-geoMwCLqhN-oRwg_g22H3jRppXLo8JolZ8xXxPvvLYC3p_j1ZjR3F00iOj8Vn9kRoGXekbuwuOpR_gRSksrCpAQh-EJqS_JdXaEzqWM1FnxBASHMxLSuTM/s320/x18.JPG" width="212" /></a></div>
<br />flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-55104146084465851122012-06-09T18:21:00.003-07:002012-06-09T18:23:05.661-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXXusiMULJxjC349mIjuXqZMQGsF3ysoktDzTwIrvM1WFonczv5fWSPSXinj3yGCMHy2T-CHhFaoSaMvqfgTh7N_UJbgfsde-TVliiExPPpDb6sOM_VFJbltQIu2O7AeIfDXiJx-SyG6w/s1600/janela.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXXusiMULJxjC349mIjuXqZMQGsF3ysoktDzTwIrvM1WFonczv5fWSPSXinj3yGCMHy2T-CHhFaoSaMvqfgTh7N_UJbgfsde-TVliiExPPpDb6sOM_VFJbltQIu2O7AeIfDXiJx-SyG6w/s320/janela.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Amor, Verbo Subversivo</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Antes do homem foi o caos, depois veio a consciência do caos
e foi onde a história desandou.Antes do Homem o amor era matéria
concreta,depois veio a explicação do amor e ai o assunto voltou a desandar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Lembro-me de uma menina, empregada doméstica que morava na
frente da minha casa, quando eu tinha apenas 15 anos. E<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=5117040038778396388" name="_GoBack"></a>ra
ela de uma beleza impar ou, ao menos, para mim era. Beleza de índia das
geográficas latitudes do sul, beleza de ventos e frios que esticam a pele e os
olhos, deixando só uma sensação de mistério milenar para quem observa com
cuidado.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu a observava cada manhã, cada tarde, e cada fim de noite,
seu passo rápido na parte da manhã, nos afazeres diários da casa da frente; seu andar distante
na hora da tarde, passando roupa na janela que abria desejos para minha pouca
noção do desejo; seu corpo nu e lânguido
nas últimas horas da noite sempre coberto pela inocência infame de quem
deve alguma coisa , e eu observava todos estes movimentos com meticulosa
esperança de um dia chegar até lá.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu não sabia quem eram seus patrões, a casa era uma casa
grande, mas não era uma mansão, o bairro era a fronteira entre a civilização
oprimida da época e a vila militar e eu percebi, um dia, que esta casa estava
dentro da vila, normal para um rapaz que só entendia a vida como uma urgência
de vivências e prazerese não com os medos que assolavam a realidade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O tempo foi passando e o desejo aumentando, algo dizia que o
dela também, pois já não éramos desconhecidos um do outro, olhares que se encontram
numa esquina, tirar o lixo pra rua na mesma hora, a coincidência de pegar o
mesmo ônibus no seu único dia de folga e um toque imperceptível das nossas mãos
na fila do mercado. Tudo isso tinha criado uma cumplicidade clandestina em que
a contrassenha ainda teríamos que descobrir.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Uma noite eu vi um movimento diferente na casa, carros escuros
e homens vestidos de acordo com a situação de escuridão movimentavam-se
nervosos pelas ruas da vila,foram emborajunto com o dono da casa e a sua
esposa, então aconteceu: a contrassenha foi uma janela aberta e um corpo
iluminado apenas pela chama de uma vela vermelha.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Corri pela infinita rua que me separava da vila,corri sem
guardar ar nos meus pulmões e voei até transpor a janela dos sonhos e
desejos.Estava ali, nua de alma aberta, nua de todo medo, nua de toda infâmia e
foi um resplendor o nosso beijo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O fim da chama acordou os nossos sonhos e anunciava o
nascimento de mais um dia na cidade da fúria, o nascimento de mais um dia na
agonia da espera até a próxima janela aberta aos mistérios.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Assim foi durante um bom tempo e eu fui sabendo quem era
patrão dela, dono da casa da vila militar, e eu fui lendo os jornais da cidade
sitiada pelo espanto, e fui conhecendo os mortos que aos milhares iam se
transformando em desaparecidos vivos nas memórias do que sofreme fui contando
para ela, como quem conta um conto de fadas , ela escutava desde seus olhos de
distância e me beijava a cada palavra que ainda não era clara.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Aconteceu um diade eu ler o jornal e ver um rosto ensanguentado
estampado na manchete que dizia, “terrorista é morta em enfrentamento com as
forças da ordem Pública” , achei normal a manchete ,”não somos unidos pelo amor
, porém pelo espanto”, diria J. Luis
Borges.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Algo me pareceu familiar naquele rosto, mas estava tão
desfigurado...só os olhos estavam claros, tão claros como os rios que baixam
das montanhas do sul, tão claros como as extensões patagônicas , tão claros
como o desejo de amar. Então vi o olhar de distâncias que tantas vezes eu tinha
olhado até me perder na sua geografia carnal.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No outro dia li no jornal a manchete que dizia:“ explode
casa da vila militar, não há sobreviventes.“</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Flavio Pettinichi – 09- 06- 2012</div>
<br />flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-76362460703656615122012-05-31T21:20:00.001-07:002012-05-31T21:20:15.031-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYR3bYb5-rMuRwQOIMTuR08SM2SlHXhQ74mVCVISilVxAodWEUyHP-mjNJ3kIXOGBkkccwvLrWRFn5TwQBxtwLy3ElnXf4z_397lV9von4XHw7W9erWDJA45JzsILqqqj7qjJsrIZugI8/s1600/lou+eros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYR3bYb5-rMuRwQOIMTuR08SM2SlHXhQ74mVCVISilVxAodWEUyHP-mjNJ3kIXOGBkkccwvLrWRFn5TwQBxtwLy3ElnXf4z_397lV9von4XHw7W9erWDJA45JzsILqqqj7qjJsrIZugI8/s320/lou+eros.jpg" width="206" /></a></div>
Fotografia Digital e Texto: Flavio Pettinichi- 2012<br />flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-8213889609919751952012-05-29T15:10:00.003-07:002012-05-29T15:10:40.154-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigbxIiNbQgk2o5tep7j4FPTWK2OmRezbR_y-DQkST69PBg1q9rAXKWXLQ8XISAriuX2A__GdCwb11SnDtX9AeD9IfOVCpWXpxUjXfueA48Fz_oPLn-iv72LrikBSdPHzaLx-4dTy_63ig/s1600/lou+piedade+100.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="304" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigbxIiNbQgk2o5tep7j4FPTWK2OmRezbR_y-DQkST69PBg1q9rAXKWXLQ8XISAriuX2A__GdCwb11SnDtX9AeD9IfOVCpWXpxUjXfueA48Fz_oPLn-iv72LrikBSdPHzaLx-4dTy_63ig/s320/lou+piedade+100.jpg" width="320" /></a></div>
Fotografia e Texto - Flavio Pettinichi- 2012<br />flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-22385368373237888372012-03-27T06:26:00.001-07:002012-03-27T06:28:28.090-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXASwg3DvWGVHmiAm-NqWkXSLX8q6_CPK5wXLbHyf_Mp9VeuvSfIMrr76xpfwu0nfjdBeWSQPzwdpidtmWg9kjXWnoU6raO038Ha_awyJnLFb07XYt0x0hesc20MwkwqW2eWX22DVxIzQ/s1600/edc.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 266px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXASwg3DvWGVHmiAm-NqWkXSLX8q6_CPK5wXLbHyf_Mp9VeuvSfIMrr76xpfwu0nfjdBeWSQPzwdpidtmWg9kjXWnoU6raO038Ha_awyJnLFb07XYt0x0hesc20MwkwqW2eWX22DVxIzQ/s400/edc.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5724567832226240642" /></a><br />fotografia e texto : Flavio Pettinichi 2012 <br />Porque eram teu rios ,minhas lágrimas<br />e redemoinhos eram teu beijos<br />na ressurgências dos desejos <br />Na letargia da erótica derme <br />como espasmos de asas em voo cego<br />e galhos quebrados ao som das brisas<br />sem nada do que foi silêncio no ardor da oração<br />silenciando pagãos rituais que dormiram em ti <br />em lancinantes estágios do adeus ardendo<br />dentro de mim<br />calando palavras na densidade da noite<br />como facas de infame sorte querendo o corte<br />que na afundada matéria dentre as marinas rochas<br />descompõem-se em vida no liquido espaço<br />de molusca entranha esvaídas de momentos<br />outrora leves ,outrora cegos sem destinos férteis<br />onde as sequidades dos fluxos invadem-se <br />a si mesmos<br />regurgitando o espanto de misericordiosos salmos<br />de almas em lamas infectas de paixão<br />não havendo puberdade nem perdão <br />eis que calamos...<br />herméticos <br /><br />FlavioPettinichi- 27- 03- 2012flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-81180133345577484402012-03-15T20:29:00.000-07:002012-03-15T20:35:58.998-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGr2vJp6_Fp3qOefVdPPM7gXxlwVjMx_gerHc8tpRX2A7D4M4_ZXOV-sabIKKJ-vbcSi5r1exrVPnKRIT464LoYBUo8uuPDkx8YQd99W0qyQSarZOV-80S2o0ORSTF0fzI1ovPiiDZn0g/s1600/teu+vestido+sem+poema.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 266px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGr2vJp6_Fp3qOefVdPPM7gXxlwVjMx_gerHc8tpRX2A7D4M4_ZXOV-sabIKKJ-vbcSi5r1exrVPnKRIT464LoYBUo8uuPDkx8YQd99W0qyQSarZOV-80S2o0ORSTF0fzI1ovPiiDZn0g/s400/teu+vestido+sem+poema.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5720333361188614882" /></a><br /><br />fotografia e texto ( conto) flavio Pettinichi - 2012<br /><br />“O Muro do amor”- <br />Mini Conto de Flavio Pettinichi <br /><br />Nos muros da minha rua estão escritos alguns nomes de alguns amores que talvez tenham sido algumas paixões de alguns incautos amantes nalguma instância de carência e agonias.<br />Eu fui decifrando cada um deles como quem faz uma autopsia de si mesmo, na carne liberta e sentindo a dor que implica separar os tecidos da alma e as veias abertas de abertas lembranças.<br />Foi então que descobri o mapa do medo e do amor, hieroglíficos de signos olvidados foram as minhas palavras e o silêncio foi tomando a voz destes mistérios. <br />Era Francisco quem amou Teresa , numa tarde de nubladas esperas e insanas palavras escondidas num paletó esquecido num antiquário de mistérios. Teresa não amou Francisco , nem sequer odiou, um pacto de sombras impedia ter estes sentimento , quase humanos, quase etéreos, e um dia ela saiu pela porta dos fundos da alegria e nunca mais voltou.<br />Eu descobri Teresa e vesti o paletó de Francisco numa esquina fria de Londres, ela não reconheceu meu canto , que era o canto mudo de Francisco e entramos os dois pela porta da frente de um cemitério escuro de desejos e nunca nos beijamos.<br />sai pela porta pela qual entrei e nunca mais voltei.<br />Assim continuei na leitura apócrifa deste muro de vida e cal , desentranhando sonhos e pesadelos sem voltar atrás.<br />Era Maria quem amava Antonio , homem de poucas histórias e corpóreas dúvidas, feridas abertas pelo passado e infecções de uma existência vã. <br />Maria uma mulher de palavra pouca e beijos de infernal sensibilidade , mulher de fartos seios e leite farta sem sementes germinadas.<br /> Conheceram-se na estreites da infame miséria do homem e amaram-se escondidos de si mesmos.<br />Antonio abandonou Maria indo à procura da fé infantil de um Deus de moedas e nunca mais voltou , Maria derramou seu leite em rios de luxuria e nunca mais secou.<br />Em rabiscos , descobri Helena que odiou Marcelo e sempre desejou, helena de loiros cabelos, de sonhos impuros, da flor tatuada no sexo e do vazio voraz de amar sem se entregar.<br />Marcelo de patéticas esperança, da flor seca no sol,do sal queimando esperas e livros incendiados nos túmulos abertos das caridades sem amor.<br />Odiaram-se numa interminável espiral de mentiras, traições e desumanos desesperos, sem pecados nem penitencias, sem redenção e sem Deus vivo na sensação da dor e foi bom.<br />Encontrei os dois , tomados das mãos , numa ilha habitada de poetas cegos e mudas ninfas virgens , um paraíso onde só os castos e os puros tem o direito de permanecer.<br />Eu saí pela trilhados fundos e nunca mais voltei. <br /><br />Flavio Pettinichi – 15 de março de 2012flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-35044058660337552362012-02-26T06:35:00.000-08:002012-02-26T06:36:34.074-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaY7yzmHejYE7ztmYeNqd5BEs83GEKf-WNMwL5DvRgwCBUDWOd_CmOKIgLhZUDMeUQDpq0PNGJKDTLW1hznLIPUTidt1_gdS102aXRB8h1U4LcTMapxiirRveYa32OyMqcjOa6qPxJFOg/s1600/pordo.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaY7yzmHejYE7ztmYeNqd5BEs83GEKf-WNMwL5DvRgwCBUDWOd_CmOKIgLhZUDMeUQDpq0PNGJKDTLW1hznLIPUTidt1_gdS102aXRB8h1U4LcTMapxiirRveYa32OyMqcjOa6qPxJFOg/s400/pordo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713453053863057970" /></a>flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-61795739138094375712012-02-26T06:29:00.000-08:002012-02-26T06:31:53.975-08:00AcordarAcordar , ver o sol entrar pela janela, ir pra praia.<br />Entender que cada dia é um compromisso com a vida.<br />A vida é tudo e o todo, todos somos nós e nós somos<br />Este espanto e esta alegria, poesia e desespero.<br />Se eu não refletir, questionar, agir e me entregar ao todo<br />Estarei morto antes das larvas chegarem.<br />Flavio Pettinichi- 25- 02-2012<br /><br />Como escreveu Milan Kundera na obra “A Insustentável Leveza do Ser"<br />“Lentamente, a covardia vai se tornando um hábito.”flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-39056941375858288232012-02-26T06:20:00.001-08:002012-02-26T06:27:57.244-08:00“ Eu sei que estou vivo quando chego ao ultimo degrau da escada...”<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi72LohZd99HWbZWKZaFSqNBDbeIWpZA_vBikvHdhaRjO1Fb588BbhMn2JW783H2d6PleGlmuZwkXXGGkmYo4cXgkeWmq5-7HGJHAnCjKToT1CEIy046xf3lTyTeQGK7mDXV4KDkooTrgs/s1600/lua1.JPG"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi72LohZd99HWbZWKZaFSqNBDbeIWpZA_vBikvHdhaRjO1Fb588BbhMn2JW783H2d6PleGlmuZwkXXGGkmYo4cXgkeWmq5-7HGJHAnCjKToT1CEIy046xf3lTyTeQGK7mDXV4KDkooTrgs/s400/lua1.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713450813364864562" /></a><br />"fotografo: Flavio Pettinichi" Canal Itajuru" cabo Frio- Rio de janeiro- 2012<br />“ Eu sei que estou vivo quando chego ao ultimo degrau da escada...”<br />Estas palavras me foram ditas por um grande amigo (mestre) há alguns dias, claro que a gente ficou rindo disto, pois parecia algo filosófico e na realidade ele comentava que era verdade o fato se ir da área de baixo até o primeiro andar da casa dele , era só uma questão de saúde.<br />Eu vi nesta sentencia uma verdade que tenho que colocar em prática a cada dia em várias escadas do dia.<br />Subir até o ultimo degrau da minha tolerância e não cair na tentação da minha soberba, não é um trabalho fácil, quando eu sou atingido pela ignorância do outro.<br />Subir ,de novo, até o ultimo degrau do meu egoísmo e não cair na tentação de tirar do outro as suas idéias ou seu conceitos, para mim, errados.<br />Aceitar que cada ser humano escolhe a sua cruz e seu espinhos , seu martírios e o seu calvário é uma questão da minha fé perante a escada das crenças , sabendo que o ultimo degrau disto e o Deus como eu o aceito.<br />Subir a escada de mim mesmo, até o ultimo degrau das minhas contradições, erros, acertos, dores, alegrias , é não cair do ultimo degrau da minha impotência perante a aceitação disto que ainda está longe de ser que eu gostaria ser.<br />Apenas um SER humano.<br />Flavio Pettinichi – 26 – 02 - 2012flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-12292836041311616312012-02-13T07:31:00.000-08:002012-02-13T07:33:20.646-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7UP9QWvdEFOkwZ0ec6qa0TMaAZDHAkvoay32kAInog63vvRT9rosvVBN47vACu0CtETLwlazOxp1AzhppLclYcpG0QnwgugaEwqdDLX95Dk8ADbPSxzDs9-FPwH1WPZtzUOZVq3_H190/s1600/3.JPG"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 267px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7UP9QWvdEFOkwZ0ec6qa0TMaAZDHAkvoay32kAInog63vvRT9rosvVBN47vACu0CtETLwlazOxp1AzhppLclYcpG0QnwgugaEwqdDLX95Dk8ADbPSxzDs9-FPwH1WPZtzUOZVq3_H190/s400/3.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5708643597426923746" /></a>flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-64757683108674725392012-02-13T07:28:00.001-08:002012-02-13T07:30:54.766-08:00tudo continua ...Existem momentos onde a partida é parte da chegada.<br />Momentos que de tão essenciais são eternos.<br />Há horizontes em mim....<br /><br />Então um Dia (Hoje por exemplo) e olha em sua volta e vê ,de novo, que tudo está como antes.<br />A cama continua com um espaço sobrando, os livros que você nunca leu continuam no mesmo lugar, com alguma poeira, a roupa que você comprou para uma oportunidade especial já passou de moda e tudo continua igual.<br />Você olha pela janela e entende que o vizinho está feliz , ou faz de conta, porque está cantando aos berros alguma música cafona e você só escuta o seu silêncio atordoado de mesmices.Abre a porta da varanda, o vento ainda faz estragos e as folhas da arvore da rua continuam a invadir a tua área, tudo continua igual.<br />Preparar um café pode ser um grande acontecimento..ou pode ser uma grande frustração , decide ir na padaria, ao menos vai ver gente, ou seja a mesma gente, o mesmo caixa e o mesmo bêbado que está jogado embaixo da marquise e quase é patrimônio da humanidade ,tudo continua igual.<br />Volta para casa, vai ser bom perder o dia de trabalho hoje, talvez algo aconteça, não, melhor é ir ao trabalho se não de fato algo vai acontecer , perder o trabalho nesta idade é foda!<br /> Vestir alguma roupa. Sempre as mesmas, pois roupa de trabalho não é importante. Que tal mudar a gravata? Não melhor vou mudar a cueca! Ninguém vai perceber , mas eu sei que fiz algo diferente ..ou seja você fez, pois pra mim tudo continuaria igual.<br />Estão todos com as mesmas caras, Caralho!! Todo o mesmo papo, a mesma conversinha mole de final de semana. jogos, churrascos, a gata(o) que transou na festa, alguém que morreu..e aquele filho da puta do Silveira que nunca vêm as segundas feiras e sobra pra quem ? Tudo continua igual .<br />Você não está com fome, alias você esta com fome de coisa diferente, lagosta, champignon, algum vinho branco gelado , algum suco exótico, mas a quentinha é a mesma , o sanduíche que preparou ontem não tem nada disso , como não pensei ontem? Como não pensou ontem não é?Tudo continua igual..esta filhadaputice tem que acabar...<br />Qual filhadaputice? : já se perguntou isso? <br />È muito trabalho e no final das contas hoje é segunda feira o dia vai ser bravo, ou não vai ser, vai depender de você , mudar é uma renuncia ao ego, continuar igual é ter a probabilidade do acerto , ou seja esse acerto no qual você e eu, ou seja nós, já estamos quase acostumados.o mesmo acerto do igual.<br />Tudo continua igual nunca pode ser sinal de crescimento , continuar igual é estado das pedras, das coisas inertes,do que não pulsa.<br />Eu Hoje não quero continuar igual e estou saindo de onde estiver e vou mandar muita coisa para a casa do caralho, muita coisa que mantenha o meu sossego, quero o desassosego para não ter que morrer de novo esta noite, esta noite vou dormir, não vou agonizar! <br />Então dá licença, Vai pra putaqueupariu tudo o que não me dá prazer nem espiritualidade ! <br />A não gostou da palavrinha ? <br />Bom então continue igual....eu Não! <br />Flavio Pettinichi – 13- 02- 2012flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-42400881740208162452011-12-31T11:01:00.000-08:002011-12-31T11:04:05.249-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG_pUXNPeFjODeq71YHo5E0_25BacjTRUE2ASIac7rkjEHRnVh7R8XBtXnJ4Aq4fl9Dwu8y37MylpT6JoU6WS2hRxjS0McyRAoxFQ9RWl8529m_VEgnir6XgLaj0b3YrCqnjXaBPY5Cy8/s1600/vera+zepiabarra.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 268px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG_pUXNPeFjODeq71YHo5E0_25BacjTRUE2ASIac7rkjEHRnVh7R8XBtXnJ4Aq4fl9Dwu8y37MylpT6JoU6WS2hRxjS0McyRAoxFQ9RWl8529m_VEgnir6XgLaj0b3YrCqnjXaBPY5Cy8/s400/vera+zepiabarra.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5692369977302864434" /></a><br />Fotoedição de : flaviopettinichi@gmail.comflaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-6199303542183325072011-12-27T07:48:00.000-08:002011-12-27T18:19:56.014-08:00dança teu nome em espumas...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLhyphenhyphenXZfJ2h-fVUR8t2NudbEVXri7hZ1f8fE4S7IXoEFBtCBzWZ3NjUiKvlefk2gAyezDR68tpV6CHrdffTbHYmls1S74GT4-wicUxYgqToAY9zOZUT81DmiE86EPNaQ1HUFNTKdmhQFGc/s1600/angelika++crd.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLhyphenhyphenXZfJ2h-fVUR8t2NudbEVXri7hZ1f8fE4S7IXoEFBtCBzWZ3NjUiKvlefk2gAyezDR68tpV6CHrdffTbHYmls1S74GT4-wicUxYgqToAY9zOZUT81DmiE86EPNaQ1HUFNTKdmhQFGc/s400/angelika++crd.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690840436256672274" /></a><br />Eu fumei os botes esta noite<br />Bebi cada lasca de madeira e horizontes<br />Devorei sonhos que não eram meus<br />E dormi ao som das cartas (de amor) mortas<br />As distâncias nunca foram primaveras <br />O passado afundou dentre sombras e lágrimas<br /> <br />Eu continuei fumando botes<br />E (agora)devorando lascas de madeiras podres já sem horizontes<br />Palavras em silêncio são poemas abortados<br />Silêncios sem palavras sãos adagas que perfuram medos <br />Não desisti das agonias das pedras nem das marés pasmas<br /> <br />A bebida do homem é o sangue da noite<br />Fumei meu ultimo bote de madeira podre<br />E no que foi horizonte dança teu nome<br />Em espumas... <br /> <br />Flavio Pettinichi – dezembro de 2011flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-38447708127471667312011-12-27T07:43:00.000-08:002011-12-27T07:47:44.580-08:00Quanta dor é necessária para parir o amor?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6mtzAsVpIoNq8uqztGnnI5xn80aRoyEQG8Qcw1e28aeRq0NL8Pl1lyUxRpf7VPZhzSnUC9EXQ2YDKYUKRrSM6ykZW7FONWljtUNA8nPAQy4aCCBCkbd1sJIqxzwqsA16XiuilDDCkSrU/s1600/andycred.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6mtzAsVpIoNq8uqztGnnI5xn80aRoyEQG8Qcw1e28aeRq0NL8Pl1lyUxRpf7VPZhzSnUC9EXQ2YDKYUKRrSM6ykZW7FONWljtUNA8nPAQy4aCCBCkbd1sJIqxzwqsA16XiuilDDCkSrU/s400/andycred.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690835199559168722" /></a><br />Quanta dor é necessária para parir o amor?<br />Quantos passos levam ao destino das almas?<br />Ressuscitar as flores não acordará os jardins?<br />As sombras dançam na escuridão do silêncio?<br /> <br />Perguntas vãs, perguntas órfãs , perguntas<br />Só a certeza do meu ofegante pulmão grita<br />Só a incerteza do amanhã me é intima<br />E não sinto o medo das horas feridas de lapsos.<br /> <br />Querer guardar um rio num copo é quebrar o sonho<br />Querer o não querer é a utopia da liberdade<br />Querer semear distâncias é a insanidade do deserto<br />Querer-te é um tumulo sem cruz nem flores.<br /> <br />Então eu te mostro meu lado sujo de sangue e espinhos<br />Meu lado vil de ternuras oníricas e ambições de esperanças<br />Mostro-te o meu mais pueril ato infame de ser feliz<br />E fico a esperar que os navios sejam brumas no horizonte.<br /> <br />Flavio Pettinichi- 09- 12- 2011<br />Fotografia: Flavio Pettinichi- Modelo : Aflaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-32744989365618269132011-12-27T07:27:00.000-08:002011-12-27T07:31:08.349-08:00Então fomos indo e vindo nas palavras<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjahS_d2hYlHpExeT4F09iNHmqSacH4dW3c8RmHiCfr13bOXv6spBLjwPdfFqDPgOREX7r6SA7xZPONi2qGefuqfeVYIUPXeKH0yHrzPdHNMsuOKi8MzH_-vV49HFojEtCV4_vDnCfpOaU/s1600/5.JPG"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjahS_d2hYlHpExeT4F09iNHmqSacH4dW3c8RmHiCfr13bOXv6spBLjwPdfFqDPgOREX7r6SA7xZPONi2qGefuqfeVYIUPXeKH0yHrzPdHNMsuOKi8MzH_-vV49HFojEtCV4_vDnCfpOaU/s400/5.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690830701536573106" /></a><br />Então fomos indo e vindo nas palavras, nas incógnitas que faziam da nossa amizade algo mágico e infinito.<br /> Estivemos em tempestades emocionais, dores de sentidos e sentimentos confusos .<br />O tempo passou e com ele passaram lágrimas, risos, esperas e distâncias que pareciam eternas.<br />Intermináveis horas de experiências mal resolvidas e pequenas conquistas foram o prato servido na mesa em noites insones.<br />Ruas de frutas, igrejas pecadoras, abraços apertados e algum beijo mal-roubado , tua mão soltando os pássaros da vida e o meu olhar<br />Amores que não vingaram , ódios que não germinaram, sonho que aconteceram e desejos que dormiram até o amanhecer da verdade.<br />Tudo era motivo de barulho e vertigem na insana mania de querer extrapolar o tempo que só tem tempo de si mesmo.<br />Hoje o silêncio e o fastio da raiva são a razão do vazio que germina numa geografia exaurida e inerte.<br />Talvez amanhã teu sorriso claro acorde e da janela do perdão volte a iluminar a vida! <br /><br />Flavio Pettinichi- 27- dec. 2011flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-26372102058436159952011-10-16T10:17:00.000-07:002011-10-16T10:19:29.498-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYY-mR2hiukh8JHeJF89kfvdgUreZLTCVwTIHCwo8qJVAisg7FuuYkayk1wrNl7JgbC1rCnw_VTZIrrY30lec3JoHWLDVvH6Oyy3Nq4ttdxVdreXuLsnv8FiEIP93rstldNQtNCefexqY/s1600/andy+2+cred.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 334px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYY-mR2hiukh8JHeJF89kfvdgUreZLTCVwTIHCwo8qJVAisg7FuuYkayk1wrNl7JgbC1rCnw_VTZIrrY30lec3JoHWLDVvH6Oyy3Nq4ttdxVdreXuLsnv8FiEIP93rstldNQtNCefexqY/s400/andy+2+cred.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5664140432307797794" /></a><br /><br />Fotografia : Flavio Pettinichi " ensaio das sombras "<br /><br />E é tarde quando a tarde jaz crepuscular<br />Canto e lamento das sombras gemem em silêncio<br />São as tuas mãos que crispam os sonhos cegos<br />E é o meu agônico desejo quem não se reconhece<br /><br />Na perenidade das palavras crescem dias neutros<br />E toda magia é um grito de espanto e pássaros tensos<br />Temos que desenterrar fantasmas e brincar nus no desespero<br />Perder o medo do momento que pareça eterno <br /><br />É noite agora e este instante de penumbras calou mistérios<br />É noite antes e perante e já sinto o rugir do tormento<br />Recalcitrante ele vem ao meu encontro e bate sedento<br />Grita e desfalece quando a misericórdia da espera acontece.<br /><br />Espero o dia ...<br /><br />Flavio Pettinichi – 12- 10- 2011flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-74816754775582366612011-10-14T14:09:00.000-07:002011-10-14T14:22:24.488-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTP1cfY9cN_6klb46nqLMrncjmBawuq0Si42Up3q5p4qa-KQNZxncW2pfW86FYPHthDPkkG9fJYIjW0zk548yK9LrPhsLFqc-UDPgjF1g-JnapxofsiSuhA8D_JcuN-3PFbjwtqp0ieBA/s1600/violino+300.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 293px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTP1cfY9cN_6klb46nqLMrncjmBawuq0Si42Up3q5p4qa-KQNZxncW2pfW86FYPHthDPkkG9fJYIjW0zk548yK9LrPhsLFqc-UDPgjF1g-JnapxofsiSuhA8D_JcuN-3PFbjwtqp0ieBA/s400/violino+300.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5663461022379172210" /></a><br /><br />Fotografia- Flavio Pettinichi- 2011 <br /><br />Não tenho saudades de ti <br />Tenho saudades do tempo absorto <br />Tenho saudades do espaço vazio deixado entre nós<br />Tenho saudades das magnólias que murcharam <br />Clandestinas.<br /><br />Não tenho saudades de ti<br />Tenho saudades das raivas que não tivemos<br />Dos beijos escondidos nas sombras do espanto<br />E do poema que sangrou sozinho numa rua<br /> Estreita.<br /><br />Porque não te amar foi a inconsistência das horas<br />A fruta madura que apodrece na margem das cartas <br />Sem mandar.<br />Não te amar foi um presente de vasos quebrados<br />E a incógnita de Perséfone na hora da colheita <br /><br />Amar nas trevas é um sortilégio de marinas serpentes.<br /><br />Flavio Pettinichi – 14- 10- 2011flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-11150098153774971062011-09-26T19:14:00.000-07:002011-09-26T19:15:31.731-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcpvRjTyCNDPOlU_PMQtWjKvdS3QdvDm63rirVLCfzm5h5MsmnuMkC7XIQ7FAk2tkOg5fnAJuLGFopsZ6olXk322N553vQ7RWo72HjDRI1udlU25aINT4L_CNg6WAZwLer_W6t9aHQQ7E/s1600/chapeu+vermelho.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 266px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcpvRjTyCNDPOlU_PMQtWjKvdS3QdvDm63rirVLCfzm5h5MsmnuMkC7XIQ7FAk2tkOg5fnAJuLGFopsZ6olXk322N553vQ7RWo72HjDRI1udlU25aINT4L_CNg6WAZwLer_W6t9aHQQ7E/s400/chapeu+vermelho.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5656857055489339058" /></a><br />foto: Flavio Pettinichi 2011 <br /><br /><br />Não há silêncio na imensidão da poesia dormida <br />Não há aconchego no regaço da dor do poema mudo<br />Então a minha pedra voa e ecoa no descontrole da noite<br />E estilhaça toda impunidade que censure o grito da palavra.<br /><br />Não há perdão nem redenção para os que esquecem a aurora <br />Não há indulto nem indulgencia para os que amputam os rios<br />Minha foice decapita estrondos de pesadelos escondidos nas almas<br />Pintando de vermelho o beijo demoníaco do espanto que ainda espera.<br /><br />Quem de nós é livre do pecado absurdo de morrer sem voz?<br />Quem de nós quer pagar a penitência das pedras e as espumas?<br />Louvada seja o instante onde deitamos para parir o poema<br />Louvados sejam os poetas que não dormem desenhando a constelação<br />Dos sonhos!<br /><br />Flavio Pettinichi – 25- 09- 2011flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-40111557892204262892011-09-26T19:02:00.000-07:002011-09-26T19:04:37.796-07:00Sinto o suor da alcatéia e seu nauseabundo ofegar<br />Espasmos de medos e taciturnos pensamentos vis<br />Há no rastro da dúvida gotas de coagulada espera<br />E pegadas secas de um tempo em vão.<br /><br />Sinto-os chamarem desde o porão da raiva branca<br />Com flores murchas apertadas nas suas garras de misericórdia<br />Lateja a noite o seu coração de feridas sombras <br />Dentre apócrifas escritas num livro em branco e sem perdão.<br /><br />Clamam as bestas com salmos de renegados amores<br />Escondendo-se nas trevas de promessas sem destino.<br />E no espelho da alma ecoam imagens esvaídas de si<br />Porém nada detém a estridência da sua dor e desespero<br /><br />Há um lago onde as feras afogam seus sonhos<br />E os cisnes deleitam-se com o canto das algas<br />Então todo silêncio murmura sua harmonia de luz<br />E nessa geografia fictícia o homem cala ...sorrindo.<br /><br />Flavio Pettinichi – 26- 09- 2011 <br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSZ-hn7I_s4UO2MnIfQ0ySEmO-_Tg96sjkUAcuHei2qMDXkb3geziaf8N1MIOOu-r99z3kgCrFltxnwbkqzDGcoGvpp0WZhxYFczYN10FpX75z1m-FpL4cAIpartnTygWBbn-CFYquhTg/s1600/santu%25C3%25A1ria.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 267px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSZ-hn7I_s4UO2MnIfQ0ySEmO-_Tg96sjkUAcuHei2qMDXkb3geziaf8N1MIOOu-r99z3kgCrFltxnwbkqzDGcoGvpp0WZhxYFczYN10FpX75z1m-FpL4cAIpartnTygWBbn-CFYquhTg/s400/santu%25C3%25A1ria.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5656854192442870546" /></a><br />Fotografia manipulada, Flavio Pettinichi 2011flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-22256283489401028972011-06-24T06:07:00.000-07:002011-06-24T06:13:17.506-07:00Apenas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuo4joYFj1znOtlT1KjtkrJWYma55xEIQw6wmY2IoqGkEvfLH81O7LAAl-znlVI73ff9krLT7-LSdw8oQAa6XBBbr1pVS36fMN9QULJtSp7cwfqlTmDzM-W9229WKVZrLx8ba1qHG_L8M/s1600/baloes.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuo4joYFj1znOtlT1KjtkrJWYma55xEIQw6wmY2IoqGkEvfLH81O7LAAl-znlVI73ff9krLT7-LSdw8oQAa6XBBbr1pVS36fMN9QULJtSp7cwfqlTmDzM-W9229WKVZrLx8ba1qHG_L8M/s400/baloes.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5621772687947633986" /></a><br /><br /><br />Fotografia Flavio Pettinichi - 2011 <br /><br /><br /><br /><br />Apenas algum retalho de tempo escondido nas sombras<br />Apenas algumas vasilhas quebradas e uma flor morta<br />Apenas um silêncio engasgado na garganta da noite<br />Apenas um poema coagulando no espinho dorsal da rosa<br /><br />E nós apenas esta imensidão de mistérios escuros<br />Nós este labirinto de sentimentos escusos sem sentidos<br />Apenas nós esta ferida aberta na fé sem êxodos ou preces<br />Nós apenas que desdenhamos as pétalas murchas das palavras<br /><br />Porque a poesia é apenas uma caricia ensangüentada de ternura<br />Porque a poesia é apenas um barco sem leme nem gaivotas <br />Porque a poesia esfaqueia os tolos e condena os beijos mortos<br />Porque a poesia é apenas uma razão resguardada na loucura <br /><br />Apenas...<br /><br />Flavio Pettinichi – 21 de junho de 2011flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-50210166477796132362011-06-10T11:03:00.000-07:002011-06-10T11:05:18.406-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF3gftedp0bJNUikaDHnKlF6Iz8lX7kli88MqdU7vMM3BZih7oCW4YHntxdQHv9JjVe_ciYHCoZzKNaDzlVxxhfHTgYGx3ZiJ8M7rQHSrN-3p4Zm-XklcwCPszDsboRGMfaL_BMdgIU-I/s1600/edit+maraka.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 267px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF3gftedp0bJNUikaDHnKlF6Iz8lX7kli88MqdU7vMM3BZih7oCW4YHntxdQHv9JjVe_ciYHCoZzKNaDzlVxxhfHTgYGx3ZiJ8M7rQHSrN-3p4Zm-XklcwCPszDsboRGMfaL_BMdgIU-I/s400/edit+maraka.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5616653498299957010" /></a><br /><br />Fotografia e Texto- Flavio Pettinichi - 2011 <br /><br />Desentranhas desde o útero a aurora<br /> Da intermitência dos desejos és acorde<br />Torre de sons e partitura de caminhos<br />Estás na essencialidade de vida corpórea<br /><br />Num tempo de germinar a música ,sonhas <br />Pulsas oinstante onde as aves trinam a dor<br />E onde as águas correm és mansidão<br />Silêncio do silêncio a tua cor e o teu suor<br /><br />Desandar as palavras de toda sombra<br />Amamentar a raiz que teima secar sem sol<br />Dedilhar as cordas dos navios do medo<br />Sentir até onde a luz é matéria em som<br /><br />Este é o sentido da poesia quando,calada, renasce.<br />Flavio Pettinichi- 10- 06- 2011flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-84522114562819348992011-06-10T05:12:00.000-07:002011-06-10T05:14:31.593-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRHM9GuRelz-AFpis-ENkwJ-uzZMT5pPdWo7hKRRT63Xh1fJa02KsBh1FrDXV1Qxint46Z_xgys-MHQFelVQUQL-l5XuUtIWnIEmxHgQI_NxXISumIfgQ2kLH72T4ksHMzMtlqw-Er0Oo/s1600/edit+poema.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 267px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRHM9GuRelz-AFpis-ENkwJ-uzZMT5pPdWo7hKRRT63Xh1fJa02KsBh1FrDXV1Qxint46Z_xgys-MHQFelVQUQL-l5XuUtIWnIEmxHgQI_NxXISumIfgQ2kLH72T4ksHMzMtlqw-Er0Oo/s400/edit+poema.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5616563149510696882" /></a><br /><br /><br />"há música na forma do teu silêncio."<br />Fotografia e tesxto : Flavio Pettinichi - 2011flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5117040038778396388.post-87733740921194246842011-05-16T15:16:00.000-07:002011-05-16T15:19:21.449-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjjIANtFdUKSGnWOX_lQNMCju3OXLOIFHQX8-7EmXdqGoYN2AotZ35tTgJ3iQ4ysp1nPYdNq8F86BBbj8rbMzcxEyaSdSYUOO_sYNh14KBI3JMSvQ5dH4rObraQJ2xv5i5luJbHE8fFjY/s1600/editada+noite.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjjIANtFdUKSGnWOX_lQNMCju3OXLOIFHQX8-7EmXdqGoYN2AotZ35tTgJ3iQ4ysp1nPYdNq8F86BBbj8rbMzcxEyaSdSYUOO_sYNh14KBI3JMSvQ5dH4rObraQJ2xv5i5luJbHE8fFjY/s400/editada+noite.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5607441518451110802" /></a><br /><br />largo São Bento, Cabo frio - RJ-Foto manipulada : Flavio Pettinichi<br /><br />Correntes faíscam na noite do medo<br />Luzes que iluminam o pânico do vazio<br />Há um coagulo de nostalgias e veias abertas<br />E agonizam as marés dos dias perdidos <br /><br />Quem acordou o corvo faminto da tua alma?<br />Quem atropelou o sinal que detinha a raiva dos peixes?<br />Esquartejadas misericórdias vagam no relento<br />E não existe o pecado quando Deus narcotiza a fé<br /><br />Vomitam sonhos os que nunca dormem de cansaço<br />Cospem plenitudes as virgens grávidas de olvido<br />Supura a ferida do sobrevivente da gargalhada vazia<br />E um copo quebrado tem as marcas do fastio.<br /><br />Já é tarde...<br />Flavio Pettinichi – 16- 05- 2011flaviopettinichiartehttp://www.blogger.com/profile/00466582763264790471noreply@blogger.com2