segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulher
Primeiro foi o caos e depois a tua essencial luz fêmea
Héstia,Demeter,Ártemis, Atenas ,Gaia ou Gea
Sempre mulher e em todas elas Afrodite eterna
Soberana rainha, deusa da infinita razão de existência

Eva etérea, Maria Madalena sem pecados concebidos, Maria mãe da sublime fé
Elo fundamental da história Cleópatra, Joana Dárc, Maria Bolena
Evita dos pobres, Benazir da Igualdade, Anita companheira
Matha Hari dos mistérios, Maria Quitéria anônima, Carlota megera
Não há poesia que não leve tua tinta ou o canto da tua alegria
Clarice intestina, Cecília meiga, Virginia dos Lobos, Anita brasileira,
Cora dos sentidos, Leila das paixões, Carmem das cores, Gal da voz

Eu te canto Cida, viúva de Pixote, Célia revolucionaria amante de Ernesto “Che”
Eu te choro, Mãe sangue de Cazuza e Henfil, fé inquebrantável da ternura
Eu silencio na tua lagrima mulher do sertão de Graciliano e Euclides
Eu grito no teu urbano desespero mãe de Helio e de Camila da bala perdida
Perdendo e apagando sonhos.

Mulher, onde os homens falem teu nome eu serei a brisa e a espuma
Você há de ser o meu horizonte e todas as marés da minha poesia
Calarei as minhas dúvidas e apagarei as vãs perguntas, sei agora
Por que te amo e só me resta teu regaço.

Flavio Pettinichi- 05 -03- 2010

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