quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010



Eu encontrei os veios da noite e as suas texturas perenes
Não temi perante a prepotência das horas e seus sortilégios
Houve o instante do sangue e o final olvidado de um livro velho
Não desisti da dor que emana dos gritos das águas e as pedras

Dancei com o tormento e a euforia da eternidade do amor
Nada foi tão voraz quanto a ferida das folhas secas do passado
Meus risos crivaram de estrelas os muros sujos do orbe agonizante
E na estação onde o trem partiu escrevi um poema de chegada

Narcotizei um sonho para que não acorde antes de mim
Tenho a urgência dos cactos e a sapiência do espinho na flor
Vim me buscar dentre todas as imagens de um museu clandestino
Não resistirei , sei que alem de mim encontrarei aquele que existe em si

Sou o ato e a conseqüência ...

Flavio Pettinichi- 25 - 02- 2010

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