sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


Final de festa
Não adiantou correr na contramão do teu destino
Tudo o que levavas foi um inverossímil poema sem fim
Quando gritastes na escuridão do homem teu grito foi cego
E nada mudou a não ser a necessidade de um suicido em prestações

Não serviu teu paletó, guardado a sete chaves, na hora do adeus
Nem a maquiagem tão sutilmente disfarçada na hora do amor
Tivestes as tuas horas perdidas e o teu mistério expostos no sal
Nada do que sonhastes foi o teu caminho e sim uma trilha sem flores

Uma mesa vazia é teu ultimo reduto de orações pagas e pagãs
Escolhestes como água bendita uma garrafa do pior que estiver na prateleira
Nunca, foi teu salmo e rosário perpetuado na tua boca sem dentes
Agora a rua está vazia e a multidão , que já passou,cuspiu a tua ferida aberta pelo olvido

Não há carnaval para quem vive fantasiado de si mesmo

Flavio Pettinichi – 12 – 03- 2010

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