Eu escrevo para que descubras teus segredos de sal e sol
Pois os meus já foram expostos aos ventos e esvaíram-se
Escrevo, não porque acredite numa fé absoluta dos sentimentos
E sim porque preciso de uma entrega essencial aos mistérios
Não quero que leias as minhas exauridas palavras como ossos
Quero sim um mergulho ao teu mar de viscerais profundidades
Não escrevo esperando uma resposta de nuvens em redenção
Quero a desmaterialização do sangue esvaziando as veias
Quero me desencontrar do lugar comum do meu espelho
Queimar os livros e abolir os velhos conceitos, eu quero
Porque quando escrevo, quero teus olhos fechados de esperas
Quero tuas mãos tremulas e o teu corpo entregues ao universo
Não me leias nos versos nem em parágrafos desconexos
Cega o que pareça certo, abre teu destino infinito e etéreo
Pega de mim o grito mudo e acorda o que dorme no relento
Faz deste poema a chave da porta esquecida dos vivos momentos
Lee o espaço entre as palavras e sente o murmúrio do avesso
Escava nas entrelinhas, desdenha toda vírgula e abre o plexo
Porque a poesia nasce quando eu me leio interiormente aberto
Não há espelho mais nítido,de mim, do que aquilo que desconheço
Então diz agora:
Sinto agora que há um poema dentro de mim e ainda não foi liberto.
Flavio Pettinichi- 27-08-09
Pois os meus já foram expostos aos ventos e esvaíram-se
Escrevo, não porque acredite numa fé absoluta dos sentimentos
E sim porque preciso de uma entrega essencial aos mistérios
Não quero que leias as minhas exauridas palavras como ossos
Quero sim um mergulho ao teu mar de viscerais profundidades
Não escrevo esperando uma resposta de nuvens em redenção
Quero a desmaterialização do sangue esvaziando as veias
Quero me desencontrar do lugar comum do meu espelho
Queimar os livros e abolir os velhos conceitos, eu quero
Porque quando escrevo, quero teus olhos fechados de esperas
Quero tuas mãos tremulas e o teu corpo entregues ao universo
Não me leias nos versos nem em parágrafos desconexos
Cega o que pareça certo, abre teu destino infinito e etéreo
Pega de mim o grito mudo e acorda o que dorme no relento
Faz deste poema a chave da porta esquecida dos vivos momentos
Lee o espaço entre as palavras e sente o murmúrio do avesso
Escava nas entrelinhas, desdenha toda vírgula e abre o plexo
Porque a poesia nasce quando eu me leio interiormente aberto
Não há espelho mais nítido,de mim, do que aquilo que desconheço
Então diz agora:
Sinto agora que há um poema dentro de mim e ainda não foi liberto.
Flavio Pettinichi- 27-08-09
Nenhum comentário:
Postar um comentário