Aprendi da rebeldia o sentido das marés e o silêncio dos medos
O porque das misérias escondidas na lama de certas almas perdidas
Aprendi com o grito, o espasmódico momento do gozo primário
Do meu rebelde sangue aprendi que a ferida é mistério que não fecha
Aprendi da rebeldia a possibilidade do erro constante sem culpas
A metamorfose dos desejos não é punível quando a noite espreita
Aprendi a amar e dessamar com licença poética e sem regras certas
Minha poesia cospe fogo ou apaga agonias nas horas esquecidas
Aprendi com a minha rebeldia que um afago vale o rufar da tormenta
Que nada é tão absoluto que não mereça alguma humana sentença
Aprendi a me ver no espelho quebrado sem mais eu que o meu esqueleto
E rebeldemente atiro pedras na vidraça da cripta de todos meus mortos
Flavio Pettinichi- agosto 2009
cimenterio São Joao Batista - Rio De Janeiro - 2009 foto flavio Pettinichi
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
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