quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Foi então que abri a minha alma e brotaram ventanias
Alucinados arco-íris tatuavam-se no que era tua pele
Marés de um sonho infinito arrastavam minha voz
Tuas vestes, como bandeiras, flamavam na colina

Tempos onde o tempo era semente de selvagem flor
Palavras como nuvens esvaindo na calmaria da noite
Livros abertos onde as poesias dormiam com borboletas
Frutos maduros e campos dourados o nosso instante eterno

Foi então que teu plexo exalou a fragrância das águas
Gemidos suaves como pinceladas de um esboço do amor
Luas, cometas, asteróides e distantes planetas a nossa constelação
Minha incógnita se exilou na incandescência dos corpos

Há uma cama onde florescem poemas e estrelas
Há uma janela que espera o silêncio que chega de dentro
Há um desejo pousado na flor da esperança
Estamos nós rindo do mistério das almas.

Flavio Pettinichi- 25-10-09

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