Andei perambulando na noite clandestina
Entre sombras de um passado sem culpas
Escapando de um presente órfão de chuvas
Andei marginal e ausente sem acordos de mim
Das janelas ausentes de luz senti a dor do exílio
Nas placas apagadas da avenida eu vi o silêncio
Um cachorro passa ao meu lado e encolhe o latido
Poças e pedras me mostram o destino do espelho
Andei perambulando ate chegar ao sentido do dia
Fui ao caís onde os botes esperam a poesia das águas
Nos amarram sonhos que latejam sem agonias
O vento como uma adaga espera no outro lado da rua
E liberta
Das pedras eu vi dois botes sem ancoras nem remos
Só as profundezas de um mar eram seu caminho
Há quem não acredite na sensibilidade dos botes
Eu já estou mimetizado na imagem azul dos sonhos
Agora tudo é calma e o resto uma tormenta esquecida.
Flavio Pettinicchi- 20-09-09
terça-feira, 20 de outubro de 2009
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