Agora
Alguém nesta clara noite escurece os sonhos
Alguém neste instante joga sua sorte no baralho
marcado
Alguém está perdido no meio do seu interior
Alguém procura seu canto e atordoa os ventos
Alguém lê em livro profano e mente orações
Alguém diz, te amo, com uma faca espetada na alma
de outro alguém
Alguém esquece seu nome na frente do espelho vazio
Alguém chorou o destino da pétala morta no inverno
Alguém se observa na rua cega de ilusões pueris
Alguém sente a raiva contida da humana miséria
Alguém escreve um poema sem rima nem sangue
Alguém faz das suas vísceras a corda da fuga
Alguém ainda espera o apito de um trem fantasma
Alguém bate na porta errada e deixa uma flor azul
Alguém pensa em ti como a essencialidade das brisas
Alguém que desconhece o sentido das horas não cansa
Serei esse alguém ou algum dos outros?
Flavio Pettinichi- 14-10-09
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
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