terça-feira, 18 de maio de 2010



Digital Photo - Flavio Pettinichi- 2010

A insônia das horas é uma ferida desesperada de dor
As sombras dos flamboyants não percebem o canto da noite
Ondas e rochas maritimamente salinas adocicam as esperanças
Um beija flor dorme junto as pétalas de uma flor clandestina

A madeira do bote velho afunda suas magoas em terra
Uma moça bonita não acredita em sapos nem em sementes
Não há mistérios pintados no muro da esquina da escura
Um cego cruza a via láctea sem bengalas e ri de si mesmo

Caixotes de papelão é a geografia do homem sem pranto
Numa janela sem vidros alguém esqueceu uma reza vela
Há cinzas na relva que adormece os passado das flores
Uma página arrancada da bíblia desconhece a fé e os salmos

Está poesia é apenas um espelho do silêncio da espera.

Flavio Pettinichi-19 – 05- 2010

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