segunda-feira, 31 de maio de 2010


camera Nikon d 3000 sem edição
flavio Pettinichi 2010
Outono III
Alguns velhos botes e um horizonte de sonhos
Areias da cor do olvido e um adeus esquecido
Houve no destino do marinheiro um relâmpago tênue
E no cais da espera, uma poesia entalhada na madeira

Antes de o sal nascer o sol já queimava o crepúsculo e o desejo
Porque foram as sombras as que burlaram o destino e as chuvas
Foram as mãos rudes e os seios fartos mimetizados nas conchas
E antes da tarde acabar acordaram as amarras presas a si e zarparam

Houve um silêncio atordoando o espaço e a brisa deteve seu canto
Pedras e abissais fendas não compreenderam o pranto do pássaro
Uma sereia muda fez sinais ao navegante cego de insigne postura
No horizonte só um ponto é a visão da vida
E a gargalhada ainda ecoa no infinito noturno
Flavio Pettinichi- 30- 05- 2010

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