segunda-feira, 13 de abril de 2009


Nasceu da cor dos teus desejos como uma flor
Onde minhas mãos regam a tua geografia casta
Nasceu sem pedir perdão ao nascimento do dia
Eu enevoei-me na vastidão do horizonte das saudades

Nasceu transformando a paisagem depois da chuva
Nada do que foi deserto ficou nas lembranças
Perdi os caminhos e os livros que nada diriam
Leio nas poças de lagrimas teu olhar de nuvens

Nasceu como o sol nasce da noite exausta
Uma realidade de pão e sombras depois da jornada
As ventanias arrasaram portas e janelas fechadas
Não há tempo de encerros quando tua pele clama

Nasceu sem espera de ti nem de mim do que foi nada
Só soubemos que do desconhecido se fez a chama
E como a Fênix, renascemos na extensão da madrugada
Assim mimetizado e etéreo o nosso atemporal momento.

Flavio Pettinichi
13-04-2009

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