segunda-feira, 16 de maio de 2011
largo São Bento, Cabo frio - RJ-Foto manipulada : Flavio Pettinichi
Correntes faíscam na noite do medo
Luzes que iluminam o pânico do vazio
Há um coagulo de nostalgias e veias abertas
E agonizam as marés dos dias perdidos
Quem acordou o corvo faminto da tua alma?
Quem atropelou o sinal que detinha a raiva dos peixes?
Esquartejadas misericórdias vagam no relento
E não existe o pecado quando Deus narcotiza a fé
Vomitam sonhos os que nunca dormem de cansaço
Cospem plenitudes as virgens grávidas de olvido
Supura a ferida do sobrevivente da gargalhada vazia
E um copo quebrado tem as marcas do fastio.
Já é tarde...
Flavio Pettinichi – 16- 05- 2011
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2 comentários:
Belo...Beijos achocolatados
"Esquartejadas misericórdias vagam no relento"
Flavio querido, acho um luxo poder te ler, te saber, te ter. Onde leria o trecho acima se não te soubesse... Para mim você é o máximo da sofisticação na escrita. Bravíssimo!!!
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