segunda-feira, 2 de março de 2009


Se existem a distância e o silêncio
Que sejam como a nau e o vento
Necessários e inerentes a sim mesmos
Como nossos corpos e os nossos desejos.

Por que em ti toda calma é essência
E em mim toda profundeza emerge
Parte de uma mesma infinita arte
Remo e leme, ouro e vermelho

Deixa o arrebol parir a sua espuma
Brotar das areias os corais do sorriso
E como o movimento suave dos corais
Deixa dançar nas águas do teu ventre

Não há mimetismo que esconda teu ser
Mariposa eterna e flor amanhecida
Não há palavra que cale teu ser
Nem noites que apaguem tua luz


Fotografia e Poema
Flavio Pettinichi
24-02- 2009

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