Doei minha voz e o meu trovão
Doei minha voz e o meu silêncio
Aceitei a dor nua e a ferida aberta
Resgatei navios e fundas noites
Cada pedra que atirei virou passado
De cada cais escondido afoguei mares
Desencontrei a palavra certa e emudeci
Só reconstitui o que foi caos e mistério
Fui semeando a semente do sutil poema
Colhi dos sonhos primaveras e chuvas
Em reclusão fiz meu alimento da alma
Esqueci as grades de uma liberdade infecta
A luz da poesia iluminou meu caminho
Peregrino errante, ainda me perco no verbo
Quero ser a reticência e a indagação eterna
Quero pulsando em mim a estrofe e o verso.
Flavio Pettinichi
2009-03-21
domingo, 22 de março de 2009
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