quinta-feira, 22 de abril de 2010
Fotografia Digital Cannon 560 powershot ( Sem tratamento) - Flavio Pettinichi 2010
Desde a torre labiríntica e indecifrável dos dias
Observo alguns traços deixados pelos lobos insones
Pegadas ressecadas na silueta do absorto destino
Restos de carniça e ossos nus de expostas esperas
Calculo como um arquiteto de esquadros curvos
A superfície rugosa das juras vãs de eternidades vãs
Rachaduras nos cristais da janela da alma fragmentam o tempo
E o côncavo inesperado da noite desabrocha o universo
Desenho formas, que sangram sem dor, no sofrimento das marés
Esboço os mananciais antes da sua entrega maritimamente suicida
Extirpo, em retilíneas frases, o perfume do ocaso na flor de outono
Reconstruo e libero o som encarcerado da sôfrega espuma
Descer da torre é um mergulho internamente kamikaze
Preciso emergir de mim sem o escafandro do ego voraz
Atos e entreatos de uma peça exausta emudecem os sonhos
Há uma velocidade órfã na rota do poema e não quer a minha mão.
E eu deixo...
Flavio Pettinichi – 22 – 04 - 2010
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