Às vezes tenho a sensação de ser uma miragem no deserto das almas
Sou como um arquiteto que do vazio do espanto reconstrói sonhos
Como uma criança com seu brinquedo roto, fico esperando o milagre
do novo tempo
E sem bússola vou alterando o rumo de acordo as marés dos momentos
Não sinto culpas quando a noite grita em desespero a chegada do dia
Há em mim tantos labirintos como há essências sentidos e mimetismos
Portas , caminhos, terraços ou porões , tudo parte do meu universo
Então me perco num lago de espelhos onde não afundo medos
Vejo desde o lupanar dos néscios um horizonte perdido nas nuvens
Sinto desde a geografia da bondade uma brisa que se tatua na minha pele
Grito desde o visceral silêncio meu canto humanamente imperfeito
E sou eu, este amontoado de sentimentos que as vezes é riso,outros lamentos
Às vezes tenho a sensação de ser uma miragem no mar de eu mesmo
E como um bote amarrado no imenso mar das palavras, ainda espero
o poema certo
Flavio Pettinichi- 14 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
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