terça-feira, 27 de dezembro de 2011

dança teu nome em espumas...


Eu fumei os botes esta noite
Bebi cada lasca de madeira e horizontes
Devorei sonhos que não eram meus
E dormi ao som das cartas (de amor) mortas
As distâncias nunca foram primaveras
O passado afundou dentre sombras e lágrimas

Eu continuei fumando botes
E (agora)devorando lascas de madeiras podres já sem horizontes
Palavras em silêncio são poemas abortados
Silêncios sem palavras sãos adagas que perfuram medos
Não desisti das agonias das pedras nem das marés pasmas

A bebida do homem é o sangue da noite
Fumei meu ultimo bote de madeira podre
E no que foi horizonte dança teu nome
Em espumas...

Flavio Pettinichi – dezembro de 2011

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