segunda-feira, 18 de janeiro de 2010





SANGRA A TERRA
Sangra a terra quando teus olhos fecham o passo do destino
Ainda que tenhas arrancado todas as flores do meu jardim, perdoar-te-ei
Porque senti no rubor do dia teu canto escondido nas sombras
E minha caminhada ainda é um livro aberto que espera a tua poesia

Sangra a noite em momentos distantes de estrelas e constelações
E ainda que os meus olhos fechem as portas da luz perdoar-me-ei
Porque arranquei bosques de raiva quando as sombras eram saudades
E nos rastros deixados por ti fui semeando o cosmos e as esperanças

Sangram os muros dos presídios do ódio e a negação perpetua
E ainda que no juízo final do amor, o adeus seja a única sentença , perdoaremos
Porque a liberdade sempre será o alimento e o sorriso a água que acalme a nossa
sede de vida
E na fuga deixaremos flores e poemas clandestinos como o amor de um dia!

Flavio Pettinichi-18 – 01 - 10

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